Até poucos dias atrás, o Santa Cruz era cinzas.
Cinco anos pra se esquecer. Queda livre, da elite do futebol brasileiro à Série D. Calvário sem fim, resíduo de time, tradição mortificada.
Cinco anos sem título, sem sorriso, sem chama. História cremada por más administrações e elencos que sequer fagulharam o coração de uma torcida que sempre manteve a grandeza do Tricolor inabalável, mesmo diante dos sucessivos fracassos.
Havia fogo, porém. Havia brasa.
Havia Brasão.
O fênix do Arruda surgiu quando ninguém esperava. Incendiou de paixão uma multidão que não aguentava mais esperar. Explodiu, com seu jeito todo irreverente, chama que queima mas não arde, aquelas arquibancadas que, por anos, viram o magma virar lágrima.
Brasão é o Santa Cruz que não se apagou.
Texto escrito por: Wagner Sarmento, no blog: Bola de Verso
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